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2 de agosto de 2011

Opinião sobre a Leishmaniose no Popular

Sobre o surto de Leishmaniose em Goiânia e como as autoridades tem enfrentado este problema, a nossa colaboradora Cejana Louza escreveu e enviou para o Jornal O Popular sua opinião, que a publicou na edição do dia 30/07/11. Confira o texto logo abaixo:


"Parabenizo este jornal pela iniciativa de procurar dar ao seu leitor informações mais detalhadas sobre esta questão na matéria do dia 26/07. Pela primeira vez , desde que este assunto começou a ser tratado, uma pessoa realmente qualificada foi entrevistada: Dr. Paulo Tabanez, médico veterinário, infectologista, estudioso no assunto e membro da Brasileish, associação de médicos veterinários envolvidos com a Leishmaniose. 

Até o momento só víamos agentes sanitários virem à imprensa para falarem sobre a proliferação da doença, que teriam que sacrificar todos os animais como forma de controle , e convocando a população para entregarem seus cães para a coleta do sangue. O que não foi esclarecido por estes senhores é que estes exames não são 100% confiáveis. 

Muitos cães que não são doentes serão dados como positivos e mortos em vão.Acho que a sociedade tem o direito a estes esclarecimentos , até porque estamos lidando com vidas e com sentimentos. Nossos cães não são objetos descartáveis. Temos que ter o direito a outros exames (uma contraprova), para não haver sacrifícios indevidos. Temos também o direito de pedir ás autoridades competentes que comecem a tratar da causa deste problema através do combate do mosquito. 

Se forem sacrificar sempre que houver uma epidemia não poderemos ter mais cães pois como hospedeiros da doença,sempre serão os únicos condenados. Porque não investir nas campanhas de vacinação contra Leishmaniose? Afinal não é uma Zoonose? Existe a vacina no mercado e deveria ser dada a todos, principalmente aos de baixa renda. Por que não doar coleiras anti mosquitos, como foi feito no Mato Grosso do Sul? 

Por que não mudar esta política de sacrifícios, não só no caso da Leish, como também no caso do controle populacional (castração) e animais errantes? Por que não investir em prevenção? Será que dará mais trabalho aos nossos governantes?

Cejana Louza,
Membro do Grupo Hammã"
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