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30 de setembro de 2011

Arthur precisa da sua ajuda

Arthur,por cuidado do destino,foi atropelado em frente ao abrigo da Aspaan.Foi prontamente retirado da rua e recebeu os primeiros cuidados.Tinha as patas muito machucadas,uma ferida profunda na cauda cheia de larvas,muita sede e muita fome.Uma testemunha disse que ele foi atropelado por uma caminhonete mas,que já se arrastava antes do acidente-concluimos mais tarde,que ele já havia sido atropelado antes e vagou talvez por dias,se arrastando.O ortopedista confirmou em exames que já havia ocorrido a calcificação da medula,e reafirmou a suspeita de dois atropelamentos.

A Aspaan é um abrigo para cães pequenos,não dispõe de recursos especiais,e espaço fisico para um cão de grande porte.O Grupo Hammã tem esse perfil de animal como foco,e também como todos os outros,vive no limite.Contudo,a condição de Arthur era urgente e necessitava de ação imediata. Então assumimos esta responsabilidade.

Arthur foi rapidamente encaminhado para a cliníca e com conclusões do Raio X confirmou a necessidade de intervenção cirurgica.Após a primeira cirurgia,houve uma grave infecção e o rompimento de um vaso,então,outra cirurgia e o uso de dreno.

As feridas que Arthur trouxe,eram profundas e diversas.Na parte interna das coxas,saco escrotal,anus,rabo,cotovelos e as almofadas das patas estavam queimadas,possivelmente do calor do asfalto.Além de larvas que quase devoraram sua cauda que já haviam sido retiradas ainda no abrigo da Aspaan.

Arthur foi recebido pelo Grupo Hammã com muito carinho e muita esperança.O diagnóstico do ortopedista foi desolador.Conforme o ortopedista,o fato de Arthur ter sido atropelado já há vários dias,e ocorrido a calcificação da medula-não haveria chances de voltar a andar. Foi cercado de todos os cuidados,atenção e carinho.Tudo na casa do cuidador foi adaptado conforme suas necessidades.A cama preparada facilitava o deitar para que ele pudesse apoiar a cabeça,tapetes para ele não escorregar,alimentação para combater a anemia,vasilhas em altura adequada e tantos outros fossem precisos,assim era feito.

E Arthur foi melhorando...e nossas esperanças aumentando! Usa fraldas devido a incontinência urinária que ele já está controlando.Prova de que está retomando seus sentidos E ele mostrou sua vontade de voltar;Apesar de todo carinho recebido,seus olhos entristecem ao ver a porta se abrir,ao ver uma guia,uma coleira. E todos os dias de Arthur são para nos convencer de que ele é capaz,de que devemos fazer mais...já encerrou o prazo de cicatrização total da cirurgia.

E chegou a hora de decidir seu destino...Devemos parar aqui e desistir?Será que já fizemos o suficiente?Qual o limite de uma vida e qual o limite da esperança?

Mesmo ele sendo inocente e alheio a vaidades,porque pouco importa para ele o preconceito de tantos,cremos que especialmente por sua inocencia,não o devemos privar de todas as chances de uma vida de qualidade. E convidamos você à esse privilégio de devolver a Arthur a qualidade de sua juventude  contribuindo com o valor que puder.




19 de setembro de 2011

O dono influencia o comportamento do seu pet

Jaia, colaboradora do grupo Hammã, esteve no último domingo, 18/09, no Parque Vaca Brava, local bastante frequentado por cães e seus tutores. Ela nos conta neste texto a surpresa que teve ao perceber a docilidade de um pitbull macho com uma shitzu fêmea, confira:

"O comportamento do cão é resultado do dono!

O grupo Hammã procura se interagir ao máximo nos locais da Capital Goiana onde os cães se concentram. E nesse final de semana não foi diferente. Estivemos em um Parque conhecido da cidade, onde aos domingos os cães se encontram, e lá nos deparamos com um cão da raça pit bull e uma cadela da raça shih tzu que se viram pela primeira vez e nada aconteceu, salvo os fucinhos em alerta para que a devida apresentação fosse completa - o que é super normal. O resultado dessa calmaria, é apenas e tão somente a criação que o animal recebe do seu dono. Não há segredo algum.



E como diz o grande sábio canino Cesar Millan:"Nos livros e nos programas de televisão sua mensagem é muito clara, deixando evidente que as principais correções feitas nos casos de ansiedade, comportamento obsessivo e agressivos dos cães, são destinadas aos donos dos animais, que de uma forma ou outra contribuem, estimulam ou permitem que eles tenham tais comportamentos."
http://www.aprocan.com/cesarmillan.htm)

Por fim, os nossos sinceros agradecimentos ao dono do cão Thor, que autorizou a divulgação das fotos.

Jaia Guerra,
colaboradora do Grupo Hammã"

Ao contrário do que muitos poderiam imaginar, o pitbull não atacou a shitzu, interagindo com ela de forma pacífica desde o início do encontro, o que, segundo Jaia, comprova que o comportamento do animal pode sim ser influenciado pela maneira como é criado pelo seu tutor. Neste caso, o pitbull era bem dócil, e seu tutor, bastante responsável com o animal, inclusive tendo o cuidado de colocar focinheira no animal durante seus passeios. Parabéns!

13 de setembro de 2011

A pequena Tasha virou uma estrela no céu...

É sempre muito difícil e dolorido para todos do grupo Hammã ter que dar esse tipo de notícia, mas, infelizmente, isso faz parte do nosso trabalho também...

Desta vez viemos informar o falecimento da nossa pequena Tasha, resgatada há alguns meses pelo grupo Hammã depois de ser encontrada abandonada dentro de uma caixa de papelão numa rua de Aparecida de Goiânia. Na época ela era apenas um pequeno filhotinho e não pensamos nem duas vezes em realizar o seu resgate e seu tratamento. Relembre o relato de seu resgate e seu tratamento clicando aqui.

Tasha, resgatada pelo grupo Hammã em março de 2011.

Apesar dos esforços do grupo Hammã, da Cinthia (que apadrinhou Tasha após seu resgate) e do Dr. Dionísio (médico que fez e acompanhou o tratamento de Tasha), a saúde da nossa pequena acabou não resistindo à duas doenças recorrentes no seu histórico médico: a erliquiose e a anemia. Desde seu resgate, Tasha lutou contra essas duas enfermidades - e contra outras ocasionais. Contudo, apesar do tratamento, sua saúde debilitada não permitiu que ela permanecesse entre nós e Tasha faleceu há poucos dias, deixando todos nós profundamente tristes.

A Tasha, é bom lembrar, foi mais uma vítima do abandono - e provavelmente de maus tratos e/ou negligência. A fragilidade de seu sistema imunológico foi um dos resultados diretos do seu abandono, e assim como tantos outros, ela acabou pagando um preço muito alto por isso. Apesar de tudo, tentou reagir; e alegrou muito o nosso grupo e a casa de sua "madrinha", Cinthia, enquanto esteve viva. Talvez, se não tivesse sido abandonada como algo descartável, teria tido mais força para se recuperar e continuar sua vida com uma família digna da sua presença e alegria.

Em nome de Tasha e de outros cães que tiveram o mesmo destino por causas diversas, apresentamos o vídeo abaixo, para que cada ser humano repense sua postura diante da vida animal que nos cerca. Por último, gostaríamos de agradecer a todos que colaboraram direta ou indiretamente com o resgate e o tratamento da Tasha, assim como à Cinthia, por aceitá-la em sua casa, e ao Dr. Dionísio, por sua competência e esforços pela vida da nossa eterna pequena. Descanse em paz, Tasha.

1 de setembro de 2011

Koda retorna ao Grupo Hammã

Havíamos anunciado aqui notícias sobre a adoção do cão Koda. Esse rotweiller foi adotado há poucos meses por uma família de comerciantes de Goiânia e, como de praxe, a nossa presidente Meibel Pereira foi visitar o cão em seu novo lar. Durante a vistoria, ela constatou que a relação entre Koda e seus adotantes era muita boa, assim como as condições estruturais para manter o cão na novo lar. Porém, um fato fez soar o sinal de alerta de Meibel: o Koda estava bem mais gordo, com um sobrepeso visível (veja foto abaixo). Esta foi a única observação desfavorável ao adotante do cão até então.

Koda ganhou peso em demasia após a sua adoção
Meibel, a partir de então, manteve contato com o sr. Paulo Henrique (adotante responsável pelo Koda) no sentido de orientar a ele e sua família sobre os riscos que a saúde do animal corria diante deste quadro de obesidade. A partir daí o que vimos foi uma situação preocupante para o nosso grupo, já que ninguém da família do adotante se responsabilizava pelo atual estado de saúde do cão, assim como com o tratamento necessário para  trazer o Koda de volta ao seu peso ideal. Confira abaixo a descrição dos fatos de acordo com a nossa presidente, Meibel Pereira:

"Conforme repassei a informação de monitoria da adoção de Koda e informei a todos sobre o estado de obesidade do animal, ocorreu o seguinte: no dia da visita, fomos eu e Jaia (colaboradora) e quem nos recebeu foram esposa e filho do titular da adoção, sr. Paulo Henrique. Como todos são adultos, repassei todos cuidados a serem adotados para perda de peso e recondicionamento físico. Também alertei sobre a possibilidade de um infarto, displasia precoce e insuficiência renal, bem como da necessidade de readaptar um novo espaço para ele com ajuda de um alambrado pois o canil em que ele passa o dia todo tem uma medida de 1mx 2m,que acabava por tornar a vida de Koda sedentária.

A família foi bem receptiva, entendeu todas as instruções e prometeu adota-las. A princípio pensei não ter grande problemas já que a família parece ter condições financeiras para melhorar a qualidade de vida do animal. Apenas lhe faltara informações.

Como o caso é grave, pois estamos falando de obesidade mórbida e Koda deve estar beirando 80 kg, resolvi ligar para o Sr. Paulo Henrique, que afinal assinou como responsável pela adoção consentida por Rafael.

Repeti todas as instruções repassadas aos membros da família, bem como a troca da ração de combate por uma diet de $120,00 - o pacote que alimenta por 40 dias.

Ele me explicou que a adoção, apesar de ter sido assinada por ele, era de responsabilidade do filho mais novo (que não estava presente no dia), e que o mesmo não tinha condições de tal gasto e nem tempo para tais atividades.

De retorno expliquei a ele que se não fossem tomadas as medidas necessárias para a saúde de Koda, o animal poderia ter um infarto a qualquer momento e analisei rapidamente a situação: se ele não quer gastar $120,00 por mês com o animal, o que acontecerá se ele tiver que ter um gasto maior, até mesmo proveniente dessa falta de cuidado? Rapidamente também propus a devolução de Koda, que foi prontamente aceita pelo titular da adoção.

Agora Koda volta para o grupo, com um gasto maior que anteriormente, pois fará exames e ficará no minímo 3 meses se alimentando de ração diet. Perdeu boas adoções, pois na mesma época uma senhora queria adotá-lo e tinha ótimas referências, mas ele estava em triagem com o candidato atual e por sua adoção ter sido finalizada, a outra candidata foi descartada."

Conforme avaliou Meibel, o cão não poderia ficar mais com seu adotante pois corria risco de morte por problemas cardíacos ou renais devido à forma inadequada como foi alimentado; por isso, Koda voltou a fazer parte do Grupo Hammã e estará disponível novamente para adoção após o fim do seu tratamento para perda de peso.

O Grupo Hammã prevê a perda da posse de qualquer um dos seus pets caso não sejam observadas medidas pelo adotante que garantam plenamente o bem-estar e sobrevida do animal adotado. Até para evitar quaisquer tipos de transtornos disponibilizamos no nosso site uma página exclusiva sobre os nossos procedimentos de Triagem de Adotantes.

Esperamos que a sociedade compreenda os motivos para o resgate de Koda e seu retorno ao Grupo Hammã, afinal, lutamos pela educação, conscientização e pela ética na relação entre humanos e animais, e acima de tudo, para que todo cidadão coloque em prática todos os princípios da posse responsável.

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